Saturday, August 23, 2014

Diferença paradoxal nas previões?

Para fazer as previsões do Pollingdata.com.br, estamos considerando dois modelos de previsão eleitoral: modelos de agregação, os quais agregam pesquisas eleitorais, e os modelos estruturais, os quais incluem como preditoras variaveis economicas e conjunturais. Esses dois tipos de modelos têm aspectos positivos e negativos bem distintos, alguns dos quais são resumidos abaixo. Mais detalhes podem ser encontrados no menu “Metodologia” do site.

Os modelos de agregação podem ser vistos como dinâmicos, eles são capazes de captar todas as mudanças na intenção de voto que ocorrem durante um ciclo eleitoral – eles são melhores para prever o resultado das eleições quando a eleição está próxima.

Os modelos estruturais conseguem utilizar informações históricas sobre as eleições, captando tendências que se repetem em diferentes ciclos eleitorais – eles são melhores para prever o resultado das eleições quando a eleição está longe.

Após a divulgação da última pesquisa do Datafolha, realizada entre os dias 14 e 15 de Agosto, onde a Marina passou o Aécio no primeiro turno, e a Dilma no Segundo turno, aconteceu algo inusitado. A probabilidade de vitória da Dilma e da Marina praticamente se invertem dependendo do modelo utilizado. Para ver isso, basta clicar no menu “Dashboard”, e olhar os resultados nas duas abas. As previsões na aba “Agora” se referem aos modelos de agregação, e os na aba “Na eleição” se referem aos modelos estruturais.

Por mais paradoxal que essa situação pareça, ela é totalmente razoável, principalmente numa eleição tão peculiar como essa eleição presidencial de 2014. Por um lado, aprovação de Dilma continua num patamar razoavelmente elevado (acima de 40%).  Em eleições pelo mundo afora, na última decada, candidatos a re-eleição com aprovaçao de 44% tiveram uma probabilidade de vitória 3 vezes maior do que de derrota.
Por outro lado, as útlimas pesquisas mostram que nesse momento do ciclo eleitoral, após a morte de Eduardo Campos, a candidata Marina Silva entrou no pleito com muita força. Nesse período, ela é a favorita, com sobras.

A grande pergunta é: qual será o resultado dessa eleição? Será que ela se comportorá como outras eleições na última década, ou todas as particularidades desse ciclo eleitoral farão com que o resultado fuja dessa tendência histórica. Será que essa força demonstrada pela Marina se dissipará com o passar do tempo, quando os eleitores esquecerem da morte do Eduardo Campos?  Será que a estréia de Marina no horário eleitoral aumentará ou reduzirá sua força? Será que a aprovação de Dilma irá diminuir?

Como o contraste gritante entre os resultados dos 2 modelos atestam, é impossível dizer agora. Talvez daqui algumas semanas, seja mais fácil fazer essa previsão. Por enquanto, o melhor é acompanhar de perto essa disputa apertadíssima, que promote ser realmente inesquecível. Com certeza será a mais disputada da história do Brasil.




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