Para fazer as previsões do Pollingdata.com.br,
estamos considerando dois modelos de previsão eleitoral: modelos de agregação,
os quais agregam pesquisas eleitorais, e os modelos estruturais, os quais
incluem como preditoras variaveis economicas e conjunturais. Esses dois tipos
de modelos têm aspectos positivos e negativos bem distintos, alguns dos quais são resumidos
abaixo. Mais detalhes podem ser encontrados no menu “Metodologia” do site.
• Os modelos de agregação podem ser vistos como dinâmicos, eles são capazes
de captar todas as mudanças na intenção de voto que ocorrem durante um ciclo
eleitoral – eles são melhores para prever o resultado das eleições quando a
eleição está próxima.
• Os modelos estruturais conseguem utilizar informações históricas sobre
as eleições, captando tendências que se repetem em diferentes ciclos eleitorais
– eles são melhores para prever o resultado das eleições quando a eleição está
longe.
Após a divulgação da última pesquisa do
Datafolha, realizada entre os dias 14 e 15 de Agosto, onde a Marina passou o
Aécio no primeiro turno, e a Dilma no Segundo turno, aconteceu algo inusitado.
A probabilidade de vitória da Dilma e da Marina praticamente se invertem
dependendo do modelo utilizado. Para ver isso, basta clicar no menu “Dashboard”,
e olhar os resultados nas duas abas. As previsões na aba “Agora” se referem aos
modelos de agregação, e os na aba “Na eleição” se referem aos modelos
estruturais.
Por mais paradoxal que essa situação pareça,
ela é totalmente razoável, principalmente numa eleição tão peculiar como essa
eleição presidencial de 2014. Por um lado, aprovação de Dilma continua num
patamar razoavelmente elevado (acima de 40%).
Em eleições pelo mundo afora, na última decada, candidatos a re-eleição
com aprovaçao de 44% tiveram uma probabilidade de vitória 3 vezes maior do que
de derrota.
Por outro lado, as útlimas pesquisas mostram
que nesse momento do ciclo eleitoral, após a morte de Eduardo Campos, a candidata
Marina Silva entrou no pleito com muita força. Nesse período, ela é a favorita,
com sobras.
A grande pergunta é: qual será o resultado
dessa eleição? Será que ela se comportorá como outras eleições na última
década, ou todas as particularidades desse ciclo eleitoral farão com que o
resultado fuja dessa tendência histórica. Será que essa força demonstrada pela
Marina se dissipará com o passar do tempo, quando os eleitores esquecerem da
morte do Eduardo Campos? Será que a
estréia de Marina no horário eleitoral aumentará ou reduzirá sua força? Será
que a aprovação de Dilma irá diminuir?
Como
o contraste gritante entre os resultados dos 2 modelos atestam, é impossível
dizer agora. Talvez daqui algumas semanas, seja mais fácil fazer essa previsão.
Por enquanto, o melhor é acompanhar de perto essa disputa apertadíssima, que
promote ser realmente inesquecível. Com certeza será a mais disputada da história
do Brasil.
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