Thursday, November 5, 2015

“Versão twitter” da discussão sobre existência de amostragem probabilística


Eu participo do grupo do Facebook “Estatística Brasil”, e um dos posts mais recentes foi um pergunta sobre a metodologia dos institutos de pesquisa não ser probabilística e, consequentemente, a impossibilidade de se calcular intervalos de confiança e margens de erros.

Segue abaixo minha contribuição na discussão, focando principalmente na questão da existência de amostragem probabilística de populações humanas. Resumi muita coisa em alguns parágrafos, por isso chamei de versão twitter ;)

"A distinção entre amostragem probabilística e não-probabilística esta' nos detalhes (ou nas suposições). Para quase qualquer método de amostragem e' possível argumentar que existem probabilidades de inclusão associadas a cada respondente sob alguma suposição (claro que existirão alguns zeros como mencionado acima e em alguns casos as suposições não são realistas). 

Se fizermos qualquer suposição para calcular as probabilidades, então por definição, a amostragem deixa de ser probabilística pois as probabilidades de inclusão são desconhecidas. 

Pensando em amostragem de populações humanas, devido a diversas fontes de erros, como a não-resposta, as probabilidades de inclusão não podem ser calculadas sem suposições. Isso vale mesmo que o desenho amostral utilizado seja inicialmente probabilístico. A amostra nasce probabilística e morre não-probabilística. 

Acho que ponto mais importante e' perceber que não existe amostragem probabilística sem suposições (nesse contexto). Então ao invés de se preocupar com a classificação da metodologia entre prob/não-prob, se preocupe mais com as suposições que estão sendo feitas implicitamente (algo que esta intimamente relacionado com a metodologia utilizada)"

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